O nascimento prematuro é uma das principais causas de mortalidade no mundo. O Brasil ocupa a décima posição entre os países com mais partos prematuros, segundo o Ministério da Saúde. No país, nascem cerca de 340 mil bebês prematuros por ano, mais de 900 ao dia.
Diante da relevância deste tema, todos os anos é realizada a campanha #novembroroxo, mês de conscientização da prematuridade. Em 17 de novembro é celebrado o Dia Mundial da Prematuridade para alertar sobre as formas de prevenção, os riscos para o bebê e os impactos na família.
Tipos de bebê prematuro
Todo bebê que nasce com menos de 37 semanas é considerado prematuro. Em média, a cada 10 recém-nascidos, 1 é prematuro.
A prematuridade possui três classificações:
1) Prematuro extremo
É considerado prematuro extremo o bebê que nasce até 28 semanas. Apresenta organismo mais imaturo e, por isso, precisará de mais intervenções, como suporte respiratório, nutrição adequada, aquecimento, umidificação e atenção especializada para se desenvolver.
2) Prematuro moderado
O bebê em prematuridade moderada nasce entre 29 a 33 semanas de gestação, o sistema respiratório ainda não está totalmente desenvolvido, assim como o sistema nervoso central. Pode apresentar dificuldades ao coordenar a respiração, como a sucção para mamar, e ainda necessitar de suporte respiratório e ter dificuldade em manter a temperatura ideal do corpo.
3) Prematuro tardio
O prematuro tardio é aquele nascido entre 34 e 36 semanas. O bebê que nasce nesse período, apesar de imaturo, já tem quase todas as funções vitais preparadas, mas pode apresentar alguma dificuldade na respiração, distúrbios metabólicos e outros mais leves.
Principais causas da prematuridade
O parto prematuro é multifatorial, ou seja, é provocado por diversas razões, entre elas descolamento da placenta, quando a gestação é gemelar, idade materna, doença hipertensiva, estresse, diabetes gestacional, malformação fetal, tabagismo, entre outros fatores.
É comum gêmeos nascerem entre 36 e 39 semanas; nas demais gestações múltiplas, o parto pode ocorrer ainda mais cedo.
Mas como prevenir o nascimento prematuro do bebê?
O acompanhamento pré-natal O acompanhamento pré-natal desde o início da gravidez, com a detecção de fatores de risco, é a melhor forma de prevenir a prematuridade. O diagnóstico precoce e tratamentos adequados podem evitar um parto prematuro, apesar de existirem situações inevitáveis.
Outros cuidados podem postergar o nascimento do bebê:
- Controle de doenças cardíacas, diabetes, pressão alta, entre outras
- Suspender o uso de cigarro, álcool e outras drogas
- Repouso e uso de medicações, conforme orientação médica
- Em casos mais graves, internação da gestante para acompanhamento permanente
- Cuidar da saúde mental, tratando quadros depressivos e evitando situações de estresse
Não obrigatoriamente quem já teve um parto prematuro corre risco maior nas próximas gestações. Irá depender da causa que levou à prematuridade.
Amamentação do prematuro
Para bebês que não tem condições de sugar, o leite materno pode ser oferecido por outras vias, como sonda, seringa ou copinho. No caso de prematuros extremos, é importante que a mãe mantenha uma rotina de ordenha para estimular a produção de leite até conseguir de fato amamentar.
Desenvolvimento do prematuro
Apesar dos medos e da insegurança que a chegada de um prematuro gera na família, muitos bebês crescem e se desenvolvem normalmente,sem nenhum problema de saúde.
O acompanhamento do pediatra é fundamental para identificar qualquer sinal de atraso.
Atualmente, as chances de um bebê prematuro sobreviver são grandes. Os nascidos após 28 semanas têm mais de 90% de chance de sobreviver. Já entre os prematuros extremos, a média geral de sobrevida é de 60 a 70%.
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